Só quem é de Niterói vai entender esse aviso num poste da Cantareira, em São Domingos, conhecido pela boemia, salvas as proporções, como a Lapa carioca. “Perigo, área sujeita a ataque de cachorrão”, até com tradução para o inglês, mas o cuidado não é com um quadrúpede, e sim com um bípede, José Crispim Cândido da Silva, o “cachorrão”, personagem folclórico que costuma circular latindo para as pessoas e é do tipo que ladra mas não morde, tanto que conquistou os estudantes da UFF, onde uma das unidades fica no mesmo bairro e todos o conhecem. O cartaz foi feito por alunos dali e surgiu logo depois de um vídeo viralizado nas redes, mostrando José latindo para uma pessoa num posto de gasolina.
Assim como toda cidade, Niterói tem seus personagens folclóricos. Além de “cachorrão”, existe o famoso índio PokaRopa, que anda de bicicleta pela cidade inteira, de sunga, usando cocar e outros acessórios característicos — ele está para Niterói o que a Mulher de Branco está para Ipanema.