Quem não faz uma retrospectiva em véspera de Ano Novo? Principalmente aqueles que começam um novo momento, casa nova, nova cidade, país, e assim vai… O que devemos mudar, transformar, transcender e abandonar? Se houvesse uma fórmula, seria tão bom e economizaria horas de elaborações.
Em um mundo repleto de informações visuais, redes sociais e outras muitas mídias, em quem devemos confiar para fazer essas mudanças? O que é real e o que é falso?
Quando falamos da nossa casa, isso é importante porque muitas imagens lindas de ideias criativas na arquitetura ou na decoração são completamente impossíveis de serem executadas, portanto não são reais. Nós, arquitetos, conseguimos identificar, mas a maioria das pessoas, não.
Vivemos numa democrática divulgação de ideias e conceitos; somado a isso, as imagens fakes, muitas vezes geradas por IA (Inteligência Artificial). Nunca fomos tão invadidos por imagens sobre todos os assuntos ao mesmo tempo. Como podemos processar isso com filtro harmônico e equilibrado?
Somente a realidade é capaz de trazer para o aqui e agora o que pode funcionar dentro da sua realidade concreta e absoluta. O arquiteto ou designer de interior, com certeza, saberá traduzir o possível do impossível. Nunca foi tão atrativo e plural viver a liberdade de nos permitir ter todo o conforto visual que nos agrada.
Temos todas as possibilidades ao mesmo tempo, entretanto a informação do real e do possível nunca foi tão fraca. Por isso, todo cuidado é necessário para filtrar o mundo maravilhoso das imagens online!
Traçar um novo caminho, um novo olhar para o ano que está chegando é maravilhoso, e temos mesmo que nos aventurar. Nada melhor que a mudança, o desapego e a descoberta de novas possibilidades.
A economia circular, o móvel reutilizado e ressignificado, a produção sustentável, as matérias-primas ecológicas, todas são novas e modernas opções para o novo ano.
Um mundo moderno e real nos espera para uma mudança radical em todos nossos lares. E que venha o ano novo, revolucionando todos os nossos conceitos e ideias ultrapassadas, deixando também para trás aquelas que não são reais!
Perguntamos a Bruna Marcolini, gerente de Marketing do CasaShopping, na Barra, sobre os novos rumos para a casa. “A pandemia levou a casa ao nível máximo de investimento e olhar; hoje, no pós-pandemia, vivemos uma estabilidade, mas a casa se fixou como centro de atenção. Outras lojas e shoppings, que focavam exclusivamente na moda, atualmente diversificaram também para a decoração. No marketing visual, podemos ver hoje a casa como item importante. Sinto o mesmo com relação aos escritórios. A pegada da ambientação está intimamente ligada à marca de um business, do mesmo modo que o dono da casa. Essa ligação ficou muito clara: a decoração transformou-se em um DNA. A economia circular – o mais moderno e atual conceito de venda — já está sendo implantada aos poucos, no CasaShopping, com o outlet. Estamos sempre compondo com os lojistas — em alguns casos, móveis que foram usados em exposições ou em outras situações, não mais utilizados como uma opção “second hand”. Eu adoro; sou adepta desse conceito, que tem tudo para dar certo no novo mundo. Com certeza, é o melhor caminho. Na minha casa, vivo intensamente cada cantinho – tudo é escolhido com amor, cuidado e atenção, por mim e pelo meu marido. Nada na minha casa está ali porque é apenas bonito ou atual, mas sim porque tem uma história de afeto e de identificação. Acho um direito humano ter uma casa que nos acolha. Isso representa a verdade do CasaShopping”.