Com a violência espalhada pela cidade, vendedores de coco da Lagoa denunciam que os casos de furto das barracas dispararam nesta última semana. Segundo Gisele Mendonça, representante dos 43 pontos de venda do local, praticamente todos tiveram objetos levados. Ela fala que os crimes acontecem durante a madrugada e que, agora, o interesse dos assaltantes mudou:
– Antes eles roubavam coisas menores, nossos produtos. Agora, estão roubando nossas cadeiras, ombrelones. Acredito que seja uma quadrilha mais especializada, com kombis para levar para algum ferro-velho. Antigamente eram usuários de drogas.
Gisele, que calcula um prejuízo de R$ 3 mil com os últimos dois furtos nesta semana, pede que a Prefeitura leve adiante um projeto para transformar as barracas em quiosques, o que, de acordo com ela, traria mais segurança para os vendedores. “É um projeto que empacou. Se tivéssemos quiosques, nossos pertences estariam mais protegidos. Eu nem sei se venho trabalhar no fim de semana, porque não sei se terei dinheiro para comprar os produtos”.
O presidente da associação de moradores do Jardim Botânico, Heitor Wegmann, recebeu a reclamação dos vendedores. Para ele, um dos problemas está no policiamento do Segurança Presente, que só vai até as 20h. “Especialmente nesta época do ano, perto do Natal, em que os crimes aumentam, o Governo deveria se preocupar em estender o horário dos policiais. As pessoas estão deixando de frequentar a Lagoa à noite, por medo”.