Você já refletiu sobre sua futura renda na aposentadoria? O último censo, de 2022, diz que a parcela da população com mais de 65 anos aumentou de 7,4% em 2010 para 10,9% atualmente. O nosso país está envelhecendo gradualmente.
Isso deixa claro o quão importante é planejar a saúde financeira, especialmente se você já está vivendo com uma renda superior ao limite do INSS, que, em 2023, é pouco mais de R$ 7,5 mil.
Uma abordagem eficaz para essa preparação financeira é poupar e investir em uma carteira diversificada de investimentos.
Um tópico que está na moda e amplamente discutido é a renda passiva na aposentadoria. A ideia central aqui é buscar construir uma carteira de investimentos que gere rendimentos regulares para complementar a renda após se aposentar. Porém é preciso que se diga que não é estritamente necessário ter uma carteira que pague esses rendimentos mensais para garantir sua saúde financeira na aposentadoria.
Limitar a sua carteira apenas a investimentos que geram essa renda regular pode ser algo muito restritivo. A maioria dos fundos de investimento, por exemplo, não oferece rendimentos mensais, mas eles podem ser uma ótima opção para diversificar a sua carteira, pois esses fundos são gerenciados por profissionais que procuram selecionar as melhores oportunidades de investimento.
Outro ponto importante é que, se você ainda não se aposentou e já possui ativos que geram renda mensal, é aconselhável reinvestir esses rendimentos para aproveitar ao máximo o poder da acumulação e dos juros compostos. Algumas pessoas usam esses rendimentos para cobrir despesas correntes, mas, se o objetivo principal é poupar para a aposentadoria, reinvestir esses rendimentos certamente será uma melhor escolha para o longo prazo.
Daí vem uma dúvida muito comum: qual seria o montante adequado para resgatar mensalmente de uma carteira diversificada? A resposta é: o ideal é que esse valor corresponda à rentabilidade líquida real, ou seja, descontada a inflação e os impostos. Inclusive, parte desse valor pode ser obtida por meio de rendimentos periódicos, conhecidos como renda passiva.
Dessa forma, o seu poder de compra é constantemente atualizado pela inflação, e você utiliza apenas o que rende acima desse patamar. No entanto, se os resgates mensais ultrapassarem esse valor, você consumirá parte do seu principal, o que pode diminuir seu poder de compra e, eventualmente, exaurir seus recursos.
Portanto, se você já mantém um padrão de vida que excede o teto do INSS e não pretende reduzir seus gastos na aposentadoria, será crucial acumular uma reserva para complementar o benefício recebido do governo. É fundamental economizar e investir nessa reserva, mantendo uma diversificação adequada e alinhada ao seu perfil de risco.