Criado pela Rede D’Or há um ano, para ser um dos maiores projetos de incentivo à pesquisa do Brasil, o programa “Ciência Pioneira” acaba de fechar parceria com um dos principais institutos de estudos de genética do mundo, o Innovative Genomics Institute (IGI), fundado por Jennifer Doudna, ganhadora do Prêmio Nobel de Química. Com o objetivo de promover um intercâmbio de pesquisadores e discutir novas frentes de pesquisa, o acordo prevê ainda a criação de laboratórios para desenvolver tratamentos para doenças, por exemplo, câncer.
Os pesquisadores do instituto americano desembarcarão no Rio pela primeira vez, na próxima semana para visitar hospitais da rede D’Or e participar de debates com cientistas brasileiros. O IGI é líder nos estudos de uma técnica de edição genética que fez a bioquímica Doudna ganhar o Nobel em 2020. O método permite editar com precisão o DNA de micro-organismos, plantas e animais e pode servir no tratamento de doenças humanas.
“A ideia do intercâmbio é ter um leque de pesquisadores aprendendo a técnica lá para retornar ao Brasil e desenvolver esses métodos no país”, diz Thyago Leal Calvo, cientista apoiado pelo Ciência Pioneira e que vai passar uma temporada no Innovative Genomics Institute.
O projeto pretende investir mais de R$ 500 milhões em pesquisas na área da saúde, nos próximos 10 anos. Atualmente, os principais estudos em andamento tentam desenvolver soluções genéticas para frear o avanço da doença de Alzheimer e tornar mais fácil o tratamento de anemia falciforme.