Jeitinho carioca vem de berço? Há quem ache possível adquirir ou, talvez, como alguns preferem, conquistar. Seja do jeito que for, ou se tem, ou não tem — aquele descompromisso com horário, truques pra driblar a violência, o “a gente marca” e nunca aparece, virar íntimo depois de 10 minutos de conversa, mergulho no mar à noite e assim vai. Tem como aprender a ser carioca? Carlos Saldanha, cineasta de “Rio” e “Rio 2”, longas de maior bilheteria de todos os tempos, lança, junto com os diretores Joana Mariani e Diogo Dahl, a série “How to be a carioca”, que chega ao Star +, no dia 18 de outubro, em seis episódios. A pré-estreia foi nessa terça (10/10), no Cine Odeon.
A comédia é baseada no best-seller da americana Priscilla Ann Goslin, 74, que mora no Rio, entre idas e vindas, há 50 anos. Ela escreveu uma espécie de manual, com 300 mil exemplares vendidos, com dicas bem-humoradas para ajudar o turista estrangeiro a desvendar certos códigos que só costumam existir por aqui. A ideia do “guia” surgiu no início dos anos 1990, quando amigos perguntavam sobre os perigos com as ondas de arrastões nas praias — o que se mantém até hoje —, mas quis mostrar que a cidade é muito mais que isso.
Os convidados adoraram assistir num telão, já que as cenas da cidade, bem, você sabe, são lindas. Num dos episódios-trama, Seu Jorge interpreta Francisco, um cara que sempre aparece para salvar os gringos, dando algum conselho e alguma lição sobre o jeitinho carioca, com foco nas coisas positivas, com irreverência e criatividade — os cariocas da gema se sentiram representados.
Estão na série as praias, a Lapa, o Centro, a Feira de São Cristóvão, mas o melhor do Rio mesmo, como dizem por aí, nem é a cidade, são os cariocas.