A bromélia-peluda, nova espécie da planta, foi descoberta em Alvarenga, no leste de Minas Gerais, quando Júlio César, morador da região, explorava uma área com cachoeiras e percebeu folhas cobertas por pelos. Júlio então compartilhou fotos com os pesquisadores e, sem seguida, um artigo foi publicado na revista científica “Phytotaxa”, por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio (JBRJ), do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da UFRJ.
Por estar numa região não protegida, a bromélia-peluda já se encontra em alto risco de extinção. “Com base na distribuição muito restrita e o avançado grau de degradação da região onde foi encontrada, nós avaliamos essa espécie como Criticamente em Perigo de Extinção, o grau mais alto de risco”, diz Eduardo Fernandez, coordenador de projetos do JBRJ, responsável pela elaboração da Lista Vermelha Nacional. No estudo, os pesquisadores destacam ameaças à espécie e seu habitat, como o desmatamento para abertura de pastagens, aumento na frequência e na intensidade de incêndios descontrolados e na expansão das lavouras de café.
Só lembrando que o bromeliário do JB reabriu há seis meses totalmente novo para o acervo de 15.180 exemplares, entre as quais 96 ameaçadas de extinção, vindas da Mata Atlântica e do Cerrado, além de outros países da América do Sul e Central.