Fotógrafo de um período áureo do Rio (década de 1960), o carioca Paulo Garcez morreu nessa terça (10/10) aos 94 anos, em decorrência de uma pneumonia. Garcez foi fotógrafo do presidente Juscelino Kubitschek, mas trocou o cargo oficial da Presidência da República para trabalhar no jornal O Pasquim, de oposição à ditadura militar. Lá, suas lentes registraram os principais ícones da cultura brasileira dos anos 1960 e 1970, que também se tornaram seus amigos. Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Elis Regina, Nelson Rodrigues, Oscar Niemeyer e outros tantos foram fotografados em imagens não óbvias, com descontração e espontaneidade.
Garcez também passou por outras grandes publicações, como o Diário Carioca, o Jornal do Brasil e a revista Vogue. Em 2002, lançou o livro “A Arte do Encontro”, com textos de Millôr Fernandes. No prefácio, Millôr chega a dizer que “os personagens que desfilam no livro, agora, para sempre, carinhosamente celebrizados, são todos, ou eram, as pessoas de seu dia-a-dia, ou do seu noite-a-noite”.