“O nome dele se diz de pé”, diz Maria Bethânia sobre Dorival Caymmi (1914-200), na pré-estreia do doc “Nas ondas de Dorival Caymmi”, nessa segunda (09/10), no Estação Net Botafogo.
O filme, dirigido por Locca Faria e produzido por Hélio Pitanga, faz um recorte sobre a criação das obras do cantor, compositor e poeta baiano, com depoimentos de artistas, pesquisadores, jornalistas e amigos que conviveram com ele. O time é grande: Caetano Veloso, Chico Buarque, Dori Caymmi, Gilberto Gil, Hermínio Bello de Carvalho, João Bosco, Nana Caymmi, Nelson Motta, Paulo César Pinheiro, Ricardo Cravo Albin, Sérgio Mendes, Tárik de Souza e outros, com imagens e falas do próprio Caymmi.
“Minha relação com Caymmi é profunda desde que era ainda garoto. Sempre foi o meu mestre e amigo paterno. Com ele aprendi tudo: ter um olhar mais atento aos detalhes, buscar a simplicidade, a essência da verdade, ouvir o tempo, sentir a espiritualidade, admirar o feminino das coisas. O filme é isso tudo: é ele, sua vida e sua obra. É ver, aprender e se emocionar”, diz Locca.
Na estreia carioca, estava Stella Caymmi, neta de Dorival (filha de Nana), pesquisadora e biógrafa do avô materno, para receber os convidados.
E quem foi ganhou um plus: antes, uma sessão do curta “Macaleia”, uma homenagem ao cantor e compositor Jards Macalé, escrito e dirigido por sua mulher, Rejane Zilles. Em 1978, Macalé fez uma festa em casa; já clareando, no ônibus de volta para o Leblon, Hélio Oiticica criou o esboço de “Macaleia”, um trabalho em homenagem ao amigo.