Com o início das obras do Parque Piedade, no antigo campus da Universidade Gama Filho, moradores contam que dezenas de gambás que viviam no prédio abandonado estão aparecendo nas casas próximas. O problema é que muitos estão sendo mortos, como conta um dos vizinhos do novo Parque: “Ontem (16/10), uma mãe gambá foi morta, e quatro filhotes apareceram no meu quintal, buscando abrigo; eles estão em uma caixa, com frio. Inúmeros já foram mortos por agressividade e ignorância das pessoas. A Prefeitura deveria fazer um estudo para remoção desses bichos antes que as obras ganhem pleno vapor”, diz Alberto Santos, morador de Piedade.
Os números do 1746, canal de atendimento da Prefeitura, mostram que, em setembro, mês do início das obras, o número de chamados para resgate de animais silvestres na região foi o maior do ano: 14. É crime matar ou maltratar esses bichos.
A história mostra que, mesmo antes do adensamento populacional, o bairro sempre registrou a presença de gambás. Ainda no século XIX, a estação de trem ganhou o nome de Parada Gambá quando foi inaugurada. Isso porque, segundo a Supervia, em uma visita do Imperador D. Pedro II à região, ele fez uma parada em um local onde havia vários gambás. E, como todos conheciam o local por isso, o nome acabou pegando.