Um dia depois do projeto de Cota de Tela Nacional sair de pauta do Congresso Nacional, o Rio largou na frente e aprovou em primeira votação, na Alerj, a Cota de Tela Estadual. De autoria do deputado Munir Neto (PSD), o projeto prevê a exibição de um percentual mínimo de filmes brasileiros nas salas de cinema do Estado. A lei também prevê um limite de ocupação simultânea das salas por um mesmo título internacional.
O texto foi elaborado em conjunto com o setor, incluindo distribuidores, roteiristas e produtores. Segundo o deputado, o objetivo é promover a cultura nacional e a língua portuguesa e estimular o desenvolvimento da indústria cinematográfica. O Rio é ajudado diretamente, uma vez que quase metade das produções nacionais são filmadas aqui, como disse em entrevista Renata Magalhães, presidente da Riofilme.
O deputado lembra que a Cota de Tela é adotada em vários países que são referência da produção audiovisual, como a Coreia do Sul, Espanha e Itália. O projeto vai agora para segunda votação e, quando aprovado, segue para aprovação de Cláudio Castro.
Os profissionais cariocas estão todos envolvidos e Renata reitera: “Algo urgente precisa acontecer para salvar o cinema brasileiro! Na Era Vargas, foi estabelecida uma proteção à produção audiovisual no Brasil, que foram interrompidas (suspensas) há dois anos nas salas de cinema e expira dia 11 de setembro para TV paga. O projeto nº 3696/2023 restabelece as cotas que já existem desde os anos 1930 nas salas de cinema e desde 2011 na TV paga e fortalece a cultura e a indústria cultural brasileira, que movimenta outros 68 setores da cadeia econômica. O direito à cultura está na Constituição!”. Nas redes, as hashtags #BrasilNasTelas #CotasDeTelaSIM #AprovaPL3696 #CinemaBrasileiro estão a toda.