Envelhecer é uma jornada inevitável na vida de todos nós, e a busca por um envelhecimento saudável abrange não apenas a nossa saúde física como também a mental e a financeira.
No entanto, essa jornada é repleta de incertezas, e não temos garantias quanto a doenças incapacitantes ou à perda de memória que podem surgir com o passar do tempo.
Nesse contexto, é interessante notar que, dentre as três esferas de saúde mencionadas (física, mental e financeira), a financeira é aquela sobre a qual temos um controle maior.
A melhor maneira de exercer esse controle é por meio da criação de uma reserva de aposentadoria sólida. É essencial planejar e economizar para o futuro, principalmente para aqueles que mantêm um padrão de vida que ultrapassa o teto do INSS.
Não devemos subestimar os gastos na aposentadoria, pois, frequentemente, os últimos dois anos de vida são acompanhados de despesas significativas com a saúde; portanto, a preparação financeira é essencial.
Um desafio comum na fase da aposentadoria é o momento do desinvestimento, ou seja, quando começamos a utilizar os recursos poupados. É importante evitar gastar esses recursos de forma descontrolada, como se fossem inesgotáveis. Uma boa estratégia nesses casos é estabelecer um valor mensal no início do mês e manter-se dentro desse orçamento.
Agora, como fazer esses cálculos? Muitas pessoas enfrentam dificuldades nesse aspecto; por isso, a orientação de um planejador financeiro é uma ajuda valiosa nesse processo.
Além disso, é fundamental abordar a questão do abuso financeiro que, infelizmente, afeta alguns idosos, seja por parte de cuidadores, seja, até mesmo, de familiares. Para manter o controle sobre os recursos financeiros, é necessário estabelecer limites claros e, em casos extremos, buscar apoio profissional.
Por fim, quando um idoso perde a autonomia, é essencial contar com um plano adequado. As Diretivas Antecipadas de Vontade são um documento onde é possível definir antecipadamente quem será o responsável por cuidar das finanças desse idoso quando ele não puder mais fazer isso sozinho.
Em algumas situações, a curatela também pode ser uma medida que venha a ser necessária para garantir uma gestão financeira adequada.
Trata-se de um tema delicado e complexo, que requer uma abordagem das Práticas Colaborativas envolvendo advogados, psicólogos e planejadores financeiros para tomar decisões sensatas que preservem os recursos e as relações familiares.
Sendo assim, é primordial aumentar a conscientização da importância do planejamento financeiro para o envelhecimento. Estar preparado é o primeiro passo para garantir um futuro tranquilo e saudável.