Na ArtRio, que começa na quarta (13/09), na Marina da Glória, constam 50 bancos da “Coleção BEĨ”. Foram criados por índios da Amazônia e estão à venda, com 100% da renda para o hospital Miguel Couto e o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro. “Os indígenas são nossos primeiros designers, e os bancos produzidos por eles, um retrato da sua cultura. A presença deles na feira é uma forma de ajudar as crianças; ao mesmo tempo, representa uma oportunidade de acesso a mais arte tradicional brasileira”, diz a produtora cultural Kátia d’Avillez, criadora da ação, através da Associação Saúde Criança Responder, que repassará o valor para o Hospital Municipal Miguel Couto e ao Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro.
Os bancos disponíveis foram esculpidos com técnicas ancestrais, em blocos únicos de madeira, com formato de animais da fauna local, decorados com entalhes ou grafismos pintados com pigmentos naturais e criados por oito artistas de quatro etnias do Xingu, em Mato Grosso. Nas aldeias, são tanto objetos de uso cotidiano como de rituais — em casa, pode ser a estrela de uma sala, por exemplo. A curadoria é de Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim e Danilo Garcia.