Por abstinência de arte o carioca não morre (rsrs). Mais uma abertura em paralelo à ArtRio, nessa terça (12/09), num vaivém intenso em “Amelia Toledo — O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na galeria Nara Roesler, em Ipanema, com mais de 50 trabalhos da escultora, pintora e desenhista paulistana, morta em 2017 (ela viveu no Rio nos anos 1970 e 1980), com pinturas e aquarelas inéditas, além de trabalhos em pedras, conchas e cristais. “Amelia tinha uma sensibilidade singular e uma curiosidade de cientista; tudo abria janelas para novas pesquisas. Ela vivia sua prática artística da mesma forma como respiramos”, diz a galerista Nara Roesler, sua representante.
Também estão na mostra o livro-objeto “Divino Maravilhoso – Para Caetano Veloso” (1971), dedicado ao artista, e alguns da individual “Emergências”, que fez no MAM, em 1976. É da autoria de Amelia o projeto premiado que fez para a estação de metrô da Arcoverde, em Copacabana, inaugurada em 1998, com os 68 tons que revestem as paredes, e a fonte-escultura “Palácio de Cristal” (1998), um bloco de quartzo rosa sobre espelho d’água, no meio da mesma Praça Arcoverde.
O papo entre os convidados, claro, além da criatividade hipnotizante de Amelia, a programação da maratona de arte até domingo (17/09), quando a ArtRio se encerra na Marina da Glória, e os milhares de festas e mostras paralelas.