As Irmãs Gelli (Alice e Gabi) deram um sentido a quem, por acaso, passava pela Dias Ferreira, no Leblon, nessa quinta (21/09), deu uma parada, porque o momento pedia, na altura do número 214: não era distribuição gratuita de algum brinde culinário dos dez mil restaurantes dali, mas a performance “Encontro presencial”, na fachada da galeria Lurixs, como parte da individual “Quando deixou de ser”, com curadoria de Daniela Mattos, inaugurada na última semana.
São 25 trabalhos recentes das irmãs, moldados em cera e outros materiais orgânicos que se materializam como objetos de parede, esculturas ou mesmo em outras linguagens artísticas como o vídeo e a performance — numa espécie de palco giratório na cor preta, cada uma sentou do lado oposto de um cubo branco feito de cera e, com um maçarico e as próprias mãos, criaram uma obra ao vivo.
Desde que elas criaram a dupla, em 2021, depois de uma intensa convivência na pandemia (no apartamento que dividem em Ipanema), elas participaram de algumas das maiores feiras, como a SP-Arte e ArtRio, uma coletiva no Centro Cultural dos Correios, participaram da “Jaguar Parade”, em SP e NY etc. Alice e Gabi são formadas em Design pela PUC-Rio, pela EAV do Parque Lage e seguem com seus trabalhos solo como artistas multimídias.
A mostra vai até 27 de outubro e a performance foi só ontem.