O Museu do Amanhã inaugurou, nessa terça (19/09), a 1ª edição do “Nova Bienal Rio Arte e Tecnologia”, que passa a integrar o calendário cultural do estado. Até dia 30 de outubro, o público vai poder interagir com quase 70 obras de 30 países e, entre as 66 participações de artistas, coletivos e estúdios, 10 são do Brasil. “Buscamos a interação com o público, seja pela expressão artística ou pela tecnologia. Daí o evento abranger uma exposição externa com trabalhos mais analógicos, mesmo assim com característica de interação. No interior, várias obras, a maior parte interativa”, explica o curador e filósofo Ricardo Barreto.
A interatividade na arte não é novidade – que o diga Lygia Clark (1920-1988) -, mas o tamanho de algumas instalações chama atenção e convidam o povo a cair dentro, como “Tube”, uma rede tridimensional suspensa que balança enquanto os visitantes se movem e a transparência cria uma sensação de flutuar, lembrando aqueles brinquedos de casa de festa infantil… Um belo programa com o plus das selfies divertidas. Por falar em Clark, as esculturas articuladas “Polytope”, da artista brasileira Ludmila Rodrigues, faz referência à obra “Bichos”, em que o público poderá criar múltiplas composições.
“É um museu em que as pessoas associam tradicionalmente a tecnologia, a inovação, além da sustentabilidade. Procuramos promover uma reflexão sobre o impacto que a tecnologia pode ter hoje e, também, no futuro, sempre convidando as pessoas a imaginarem as perspectivas para as modificações que nós estamos vivendo”, diz Amarílis Lage, coordenadora de conteúdo do museu.
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