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O atropelamento do ator Kayky Brito levantou discussão sobre a velocidade máxima permitida na orla — atualmente é de 70 km/h. O prefeito Eduardo Paes publicou, nas redes sociais, nesta segunda (04/09), que determinou que a CET-Rio apresente, ainda nesta semana, um estudo sobre a redução desse limite. Segundo ele, a orla é “um lugar de contemplação, lazer e paz”.
Em março deste ano, a Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio já tinha enviado um ofício à Prefeitura com o mesmo pedido, publicado aqui. O grupo cita estudos que apontam que, em um atropelamento a partir de 70 km/h, o risco de o acidente ser fatal é de 90%. Quando a velocidade é de 50 km/h, a chance cai para 50%. A Comissão lembra que a Organização Mundial da Saúde defende que, em áreas urbanas, o limite máximo seja de 50 km/h e, em locais com grande circulação de pedestres, ciclistas e turistas, seja ainda menor: 30 km/h ou menos. “Não existe culpa. O acidente envolvendo o ator é a união de fatores onde o principal agravante é a velocidade alta. “Não podemos culpar nem o estado, nem o motorista, muito menos a vítima. Tanto carros, motociclistas, ciclistas e pedestres devem fazer a observação. O ator, ter bebido ou não, seria só mais um agravante. Claro que a bebida diminui os reflexos, mas, juntando todos os fatores, seria apenas mais um problema. Não culpamos ninguém, mas a redução de velocidade deve ser pautada e agradecemos ao prefeito. Espero que o Kayky se restabeleça, o motorista tenha suporte psicológico e que as famílias tenham força para seguir”, explicou Viviane Zampiere, uma das gestoras da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio e fundadora do @bikenapista.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados 2.804 atropelamentos no Rio em 2023. Desse total, 1.956 foram provocados por automóveis.