Colocou os pés na rua esta semana no Rio, a arte está no seu encalço — o Solar dos Abacaxis, de casa nova desde dezembro passado, no Centro (ficava no Cosme Velho), inaugurou a coletiva “Vida transbordante e os desejos do mundo”, com 11 artistas, nesta sexta (15/09). Teve uma pré-abertura do casa em dezembro, depois uma celebração animada no carnaval, mas agora, depois de funcionar os últimos três anos de forma “nômade”, está fixa no espaço onde funcionou a antiga fábrica da Granado. A mostra tem curadoria de Lorraine Mendes, Bernardo Mosqueira, Ana Clara Simões Lopes e Catarina Duncan, com trabalhos selecionados a partir de uma pesquisa sobre prazer, desejo e sexualidade realçando a “ecologia queer”. “O termo é referente a um campo transdisciplinar a partir das experiências de pessoas queer (que transitam entre os gêneros), e repensar as noções da ciência moderna sobre a ideia de natureza e de vida. Vamos apresentar o ponto de vista dos que foram tratados por muito tempo como objetos e não sujeitos de pensamento”, explica o diretor artístico Bernardo Mosqueira. O tema estará em diversas mostras até o fim de 2024.
Paralelamente à mostra, o Solar participa também da ArtRio com uma nova edição do “Halo Solar”, o círculo de apoiadores da organização, com 36 fotos inéditas produzidas por Ayrson Heráclito com imagens dos elementos usados no candomblé para curas e tratamentos. Neste sábado (16/09), a mostra abre com festa na rua, de 12h às 22h .