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Há alguns dias, o biólogo Mario Moscatelli e sua equipe do projeto “Manguezal da Lagoa” têm sentido falta de duas capivaras que moram por ali, mas o alerta foi dado nesta segunda (11/09). “No momento, apenas temos avistado o Boris, mas nada da Judith e do Armando. Quem tiver notícias nos informe. Infelizmente a Lagoa não é para amadores, e tudo pode ter acontecido”, diz Mario, que não descarta um passeio mais longo de ambas, mas acredita ser uma hipótese improvável.
As capivaras que vivem ali têm se tornado alvo fácil: em março deste ano, Armando apareceu com ferimentos no dorso e, logo depois, uma delas, a Margarida, foi encontrada morta boiando, com suspeita de que teria sido atacada a pedradas.
“Os maus-tratos dados às capivaras da Lagoa são o reflexo de como no Rio existe uma turma que ainda encara a natureza como uma escrava que serve apenas para nos servir e uma inimiga a ser combatida ferozmente e até eliminada quando, por algum motivo, nos sentimos incomodados com sua presença. Longe do publicamente-politicamente- ambientalmente-correto, essa turma continua pensando e agindo como os exploradores europeus do século XVI, isto é, atira e depois vê no que atirou”, diz ele.
Enquanto as duas não aparecerem, Mario e sua equipe vão continuar cobrando tanto do poder público, quanto da população.