Nessa sexta (15/08), ainda com o friozinho de inverno, aconteceu a abertura do “Festival Ópera na Tela”, num clima europeu com a informalidade carioca — os convidados sentaram em espreguiçadeiras para assistir a trechos de famosas óperas repaginadas num telão ao ar livre nos jardins do Parque Lage, em meio ao verde. “Nosso objetivo é democratizar a ópera através do audiovisual e proporcionar uma experiência única”, disseram Emmanuelle e Christian Boudier, da Bonfilm, produtores do festival, em sua 7ª edição. Para a noite de convidados, eles trouxeram 350 garrafas de vinho diretamente de Paris, além do champanhe, cachaça para as caipirinhas e as comidas.
Teve até gente usando figurino de época: Yves-Marie Gayet, diretor do banco francês Crédit Agricole, que mora no Rio há 12 anos e foi homenageado pelo festival porque está se despedindo da cidade, de volta para Paris. Programada para se apresentar apenas neste sábado (16/09), a cantora lírica Eléonore Pancrazi, formada pela École Normale de Musique de Paris, fez uma apresentação surpresa ao lado da pianista Nino Pavlenichvili, da Geórgia (Europa Oriental), cantando alguns trechos de óperas famosas e fez questão de agradar ao público, em ótimo português, para a música “Azulão” (Manuel Bandeira e Jayme Ovalle).
Pela primeira vez no evento, a estreia de um filme de ficção, como publicado aqui, o ”Il Boemo”, cinebiografia de Josef Mysliveček, compositor tcheco genial e esquecido, muito admirado por Mozart, dirigido por Petr Vaclav (que estava na festa), com sessão no domingo (17/09).
Até o próximo domingo (24/09), os cariocas vão poder assistir a títulos clássicos, como “Carmen”, “Rigoletto” e “Madame Butterfly” em novas versões, com alta qualidade de imagem e som, além de bar e restaurante que funciona durante toda a noite.