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O advogado Gabriel de Britto Silva, morador de Laranjeiras, reclama do descaso com as suas centenárias palmeiras. Ele diz que ao menos três foram cortadas nos últimos dias por estarem doentes pela falta de manutenção. “Sou morador do bairro há 38 anos e nunca vi tamanho descaso com a nossa história, com o legado deixado relativamente às palmeiras imperiais e, em última razão, com o meio ambiente tão presente nos discursos, porém pouco representado em condutas práticas. Medidas, como a manutenção das atuais e a recomposição integral das que foram retiradas, são urgentes”, disse ele à coluna.
Gabriel comenta que ao menos nove delas foram integralmente retiradas pela raiz, não sendo substituídas (como nos canteiros vazios nas imagens). Ele receia que “se um dia tirarem esses tocos, não vão replantar, e cada prédio tapará o espaço com cimento ou colocará uma arvorezinha qualquer no lugar”.
A coluna entrou em contato com a Comlurb, empresa responsável pela manutenção das árvores na cidade, para saber mais detalhes e obteve a resposta: “A Prefeitura do Rio, por meio da Comlurb, fez a remoção de seis palmeiras da Rua Paissandu devido ao comprometimento de seu estado fitossanitário, estando as mesmas condenadas. A Fundação Parques e Jardins (FPJ) irá enviar uma equipe à rua para nova vistoria das demais árvores”.
Em 2013, ou seja, há exatos 10 anos, os moradores reclamavam da mesma coisa já que, sem a poda periódica, as gigantes estavam com doenças causadas por pragas. Alegando prevenção contra quedas, a Comlurb as cortava e a FPJ não fazia o replantio.
A Princesa Isabel ficaria deprimida ao passar pela Paissandu, a rua que liga o Palácio Guanabara (sua antiga casa) à praia do Flamengo, já que ela costumava passear entre as sombras das palmeiras centenárias, plantadas pelo comerciante português José Machado Coelho em 1853.