Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional (BN), vai enviar, no dia 8 de outubro, mais ou menos 700 livros para a Estação Antártica Comandante Ferraz, no Polo Sul, transportados pelo navio Ary Rongel, da Marinha. Duas estantes serão customizadas para receber os títulos na estação que abriga 17 brasileiros que desenvolvem pesquisas naquele continente, editados pela própria BN – entre catálogos de exposições, coleções especiais e ensaios críticos, como “Cemitério dos vivos: memórias/ Lima Barreto” (Diogo de Hollanda e Fábio Lucas), “Ensaios insólitos” (Darcy Riberio) e “Escorço bibliográfico de Dom Pedro I” (Maria Graham).
A ideia do projeto foi do próprio Lucchesi, depois de uma visita à Biblioteca Nacional argentina que, em abril, inaugurou um espaço na Base Carlini de la Antártida Argentina. “Isso representa uma presença geopolítica do Brasil através da memória e da cultura da paz”, disse o imortal da ABL à Agência Brasil.
Imagina a importância – ainda maior – de um livro num lugar em que as temperaturas podem despencar para menos de 70º C. Este mês, a BN e a Marinha iniciam parceria para envio de livros para bibliotecas, universidades, embaixadas e ministérios, entre outros órgãos, de diversos países (entre 12 de agosto e 17 de dezembro). O Navio-escola Brasil vai para a Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Portugal, Itália e Espanha.