Ygor Coelho, destaque do badminton brasileiro, está treinando pesado na Dinamarca, onde mora atualmente, por uma vaga nas Olimpíadas de Paris 2024, mas com superstições. O atleta carioca, nascido na favela do Chacrinha, em Jacarepaguá, não entra em quadra sem estar com o cabelo cortado, barba feita ou aparada e roupa combinando (cores do short, camisa e tênis, raquete). Ele virou um craque do esporte, considerado elitizado, graças ao pai, Sebastião Dias de Oliveira, que toca o projeto Miratus Badminton, desde 1998, na Chacrinha.
Ygor é patrocinado pelo Time Petrobras, que apoia atletas promissores em busca da primeira medalha olímpica, e foi o primeiro brasileiro a disputar a modalidade em edições olímpicas – ele e Lohaynny Vicente foram os únicos representantes do esporte no Rio em 2016. “Treino quatro horas por dia, mais musculação e alongamento, exercícios de mobilidade. Meu trunfo para ir aos jogos olímpicos ano que vem é a experiência. Estou nesse circuito já há oito anos”, diz Ygor, que participa, esta semana, de um campeonato no Canadá, e se prepara para o mundial na Dinamarca, em agosto, e os Jogos Pan-americanos, em Santiago, em outubro.
O badminton, que está nas Olimpíadas desde 1992, terá 172 atletas em Paris, sendo 86 homens e 86 mulheres.