Durante as férias de Patrícia Poeta no “Encontro”, da Globo (a apresentadora voltou nesta segunda, 18/07), o programa ficou com Tati Machado e Valéria Almeida, em ótima passagem, com muitos comentários na web.
Entre elogios, a espontaneidade presente em ambas, por que não manter na TV o “você” ao falar com entrevistados ou convidados, adotado por elas em muitas passagens nesses 15 dias? Tratamento usado, por exemplo, nas televisões americanas, onde não existe “o senhor”, “a senhora” pra lá e pra cá, como se fosse um capital.
No Brasil, não raro, é visto amigo íntimo entrevistando amigo íntimo (obviamente para quem, por acaso, sabe), com esse pronome. Fica falso.
A colunista e escritora Danuza Leão, sabe-se, muito considerada quando falava de etiqueta e comportamento, vivia a reconhecer que seria tão simpática essa prática não só na TV mas também na vida em geral. Caso a pessoa em questão não apreciasse (sabe-se a razão), diria: “Pode me chamar de senhor?” Em sua opinião, faria todos se sentirem, de alguma forma, muito mais leves e jovens.