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A professora e pesquisadora Leila Gouvêa, biógrafa de Cecília Meireles (1901-1964), doou “A Lição do Poema”, um livro raro da poetisa, para a biblioteca ABL nessa quarta (19/07), antes de falar pelo ciclo “Poesia e Biografia”, na sede da Academia, no Centro. Editado pelo Instituto Cultural Ponta Delgada, nos Açores, em 1998, são 246 cartas de Meireles ao poeta açoriano Armando Cortes-Rodrigues (1891-1971), escritas entre janeiro de 1946 e março de 1964.
Cecília, que ficou órfã ainda pequena, foi criada pela avó materna, Jacinta Benevides, de São Miguel, nos Açores, onde também morava Armando. Nas cartas, ela fala sobre a vida em geral, angústias, amigos, família, escreve poemas e manda partituras de músicas.
“Cecília criou, em 1934, aquela que é considerada a primeira biblioteca para crianças do País, a do Centro de Cultura Infantil, no antigo Pavilhão Mourisco. Chegou a sonhar com a organização mundial de uma Biblioteca Infantil, que aparelhasse a infância de todos os países para uma unificação da cultura, na esperança de que, se todas as crianças se entendessem, talvez os homens não se hostilizassem”, disse Leila sobre uma das causas de Cecília durante toda a sua vida.