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Vários amigos, colegas e até quem nunca conviveu, estão de luto com a morte do pianista e compositor João Donato, nesta segunda (17/07), aos 88 anos, depois de uma série de problemas de saúde e uma infecção pulmonar nas últimas semanas.
O Ecad fez uma lista de músicas do compositor no seu banco de dados com mais de 442 composições e 718 gravações. “A rã”, uma parceria com Caetano Veloso, foi a música de sua autoria mais regravada. No ranking das mais tocadas nos últimos 10 anos, a liderança ficou com “A paz”, composição em parceria com Gilberto Gil – que contou, em vídeo aqui, como aconteceu a parceria -, seguida de “A rã”, “Bananeira”, também composta com Gil, “Simples Carinho”, com Abel Silva, e novamente Gil, em “Emoriô’. “Tem músico que é Ré bemol, outros são Lá sustenido… Donato é Dó natural!”, disse Gil.
Muita gente tem contado histórias com Donato, como resume o produtor e crítico musical Rodrigo Faour, que conviveu com o músico nos últimos anos: “Ele começou muito cedo e parece mesmo que nasceu moderno, tanto que ajudou a fundar a bossa nova, cuja contribuição maior foi levá-la a um crossover com os ritmos caribenhos no período de 1959 a 1972, quando viveu nos Estados Unidos. Na volta fez parcerias memoráveis com grandes letristas, pois entendeu que sua obra só seria popular se passasse a ter letras”.
E continua: “Nos anos 1990 viveu o esplendor, quando passou a gravar um disco atrás do outro e colecionar parcerias com todas as gerações da música, sem qualquer preconceito. Donato era uma figura irresistível. Aparentemente aéreo, não se enganem, sabia de tudo que estava acontecendo, tinha uma memória de elefante e sempre uma tirada divertida ou terna para quem estivesse ao seu lado. Nossa amizade nasceu mesmo há quatro anos, quando ele descobriu que eu era especialista em artistas da sua juventude. Cismou de vir aqui em casa, e veio sozinho, duas vezes, para ouvir Neuza Maria e outros que ele adorava. Depois, nos vimos várias vezes. Ele queria muito que eu escrevesse sobre ele, mas estava abarrotado de trabalho. Nosso último encontro foi no lançamento do meu último livro, em novembro, quando tocou e cantou sozinho, com Doris Monteiro e Eliana Pittman. Sua música é eterna e jamais nos deixará”.