O KoSuhi, japa com 1 estrela Michelin instalado em São Paulo e Miami, chegou ao Frade. E, no complexo em Angra onde fica o Fasano. A inauguração foi na virada do ano, mas o clima ainda é de estreia, já que os funcionários ainda fazem bate-volta de SP e o menu está, enfim, se azeitando para o inverno, estação de menos chuva no balneário e quando os turistas mais dispostos para a gastronomia não precisam competir espaços — nem lugar no disputado balcão — com a turma frenética (e barulhenta) do verão. A notícia é boa para os cariocas, que não precisam enfrentar filas quilométricas para conhecer a casa na capital paulista.
O nome vem da filosofia japonesa: “ko” é “tartaruga”, menção à longevidade. Aberto em 1988 pelo chef George Yuji Koshoji, esse restaurante japonês, bem menos pomposo que muitos outros do gênero, surpreende não pela variedade de peixes e cortes do pescado (poderia ser mais delicado), mas pela apresentação e o ambiente jovem e descontraído. O mobiliário e a decoração seguem o padrão paulistano: madeira de araucária, de tonalidade média (nada de escuridão), proveniente do interior de Minas Gerais.
Os drinques em taças generosas de haste baixa são um show à parte, assim como a música ambiente, baixinha, sem aquele tuntitunti que costuma estourar as caixas em casas tão próximas ao mar. Coitada de Iemanjá!
Oportunidade para desembolsar de R$ 3 a R$ 19 milhões: o residencial Frade Vilas têm até 150 unidades para vender, com opções de duas a três suítes, mas, em comum, todos podem usufruir os serviços do Fasano: clube, passeios de barco ou catamarã (um deles tem comida árabe e trilha com vista deslumbrante), spa, piscinas (aquecida ou não) e, claro, gastronomia.
Por falar nisso, aplausos para o chef mineiríssimo Fábio Jobim, do restaurante Fasano, autor do impressionante (e vermelhíssimo) carpaccio de mignon com tapenade de azeitonas pretas, alcaparras e pinoli; do plin de berinjela defumada com creme de burrata e tomate confit e do carré de cordeiro com risoto de cogumelos — este último no ponto exato, al dente!
Quanto custa?
De helicóptero do Rio até o Frad.E: FlyFlapper – R$ 27,1 mil, uma perna, para seis pessoas.
De avião do Rio até o Frad.E: avião Grand Caravan – R$ 3,8 mil, por pessoa, ida e volta.
Diária no Fasano — com café e jantar incluídos (sem bebidas), média a partir de R$ 3,2 mil.
Almoço no Restaurante Praia: mais ou menos R$ 180.
Jantar no Restaurante Fasano: R$ 240.
Panetteria para lanches rápidos, também rede Fasano: R$ 80.
Bruno Calixto é jornalista de gastronomia.