Pegando o hit “barbiecore”, ou seja, o mundo em cor-de-rosa depois do filme mais falado da semana, que estreia no cinema nesta quinta (19/07), o Rio tem alguns exemplares que a própria Barbie se apaixonaria.
Um deles é a Casa Roberto Marinho, aberta ao público há cinco anos, por trás dos muros de pedra e dos imponentes portões, o número 1.105 da Rua Cosme Velho, numa área de mais de 10 mil m² de mata tropical e silêncio aos pés do Cristo Redentor.
A casa de Roberto Marinho (1904-2003), o fundador das organizações Globo, que morou ali por 60 anos, foi transformada em centro cultural em 2018, mas antes abriu para festas, saraus e encontros com artistas e políticos, ficando pronta em 1943. À época, o proprietário passou a investir no trabalho de artistas de sua geração, como Di Cavalcanti, Portinari, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e José Pancetti, dando início a uma das mais importantes coleções de arte do Modernismo, com um acervo com 1.473 obras, muitas inéditas.
Barbie também ficaria doida com o jardim projetado por Burle Marx, as muitas plantas e um trecho do Rio Carioca com carpas — com certeza ela traria de volta os flamingos, ave tropical que é uma espécie de símbolo da boneca (até pela cor das penas), que moraram ali e tornavam “la vie en rose” do casal Roberto e Lily ainda mais rosa, presente de Fidel Castro. Mas elas tieveram que sair em 2015, transferidas para uma fazenda, no interior do Rio, devidamente credenciada pelo Ibama, depois do estresse com o início das obras.
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