Até a oposição a Eduardo Paes está feliz com a revitalização do edifício A Noite, anunciada nessa terça (25/07). Como exemplo, o vereador Pedro Duarte (Novo), crítico feroz do prefeito, um dos únicos na Câmara, já que Paes tem muitos aliados e praticamente não há oposição. “Golaço de projeto! Residencial, com comércio no térreo e uso público no terraço, cuja vista é incrível. Sucesso aos que toparam o desafio e estou ansioso pra ver o resultado final e ir lá visitar”, disse Pedro, que, segundo bastidores da política, deve vir candidato à Prefeitura em 2024.
Paes usou as redes, nesta quarta (26/07), para explicar as vantagens do negócio: o prédio, abandonado há mais de uma década, foi comprado pela Prefeitura por R$ 29.9 milhões e, três meses depois, vendido para a empresa Qopp, ligada à Aegea (leia-se Águas do Rio), por R$ 36 milhões. “Quando compramos, um monte de gente reclamou que a Prefeitura estava usando dinheiro público para comprar prédio que não era prioridade, como se não fosse nosso papel recuperar o Centro, incentivar a ocupação residencial, preservar a história da cidade. Mas vamos entender: compramos, resolvemos documentação (burocracia) e vendemos. Com isso, é mais e mais dinheiro que entra na conta da Prefeitura para ser investido em saúde, educação, transporte etc. Além disso, vão revitalizar a região, gerar vida e fazer a economia girar. Comigo é tudo na ponta do lápis”, disse.
O arquiteto e urbanista Washington Fajardo, ex-secretário municipal de Planejamento Urbano, também ficou empolgado: “É um sonho para o Rio ter o primeiro arranha-céu da América Latina reabilitado. É um marco da arquitetura e engenharia e da capacidade visionária dos cariocas. O edifício era também uma antena emissora de ondas de música, folhetins, notícias que alcançavam o Brasil inteiro através da Rádio Nacional. Paes tirou a perimetral, construiu dois museus maravilhosos, reinventou a Praça Mauá e agora consegue, finalmente, ressuscitar o Edifício A Noite. Já pode pedir música no Fantástico”, brincou