Nesta segunda (03/07), finalmente, o Bar do Oswaldo, na Barrinha (muita gente tem o gosto daquelas batidas na memória afetiva), virou Patrimônio Imaterial do Rio. Desde 2010, o projeto é citado na Câmara dos Vereadores, mas, só depois de ser atingido por um incêndio no ano passado, fazer uma vaquinha e voltar a funcionar, a proposta de Felipe Michel, com apoio de Carlo Caiado, virou realidade. “Quando meu pai chegou aqui, era só mato. Ele era chamado de louco por vir para um lugar que não tinha nada. Mas ele era fascinado pela Pedra da Gávea, pela praia e pelo verde. Às vezes, ficava durante a semana sem fazer nada. Os clientes só apareciam no fim de semana, mas ele não desanimou”, diz Abigail Cardoso, filha de Oswaldo e uma das donas do bar.
Fundado em 1946, o bar já foi frequentado por nomes, como Getúlio Vargas, Garrincha, Mussum, dentre outros. O carro-chefe eram as batidas — lá pela década de 1940, o fundador criou uma bebida chamada “coquinho”, fazendo três furos no coco, tirando a água, adicionando cachaça e canela. Fechava com três rolhas e enterrava por uma semana dentro de um caixote. Chacrinha, por exemplo, sempre dizia “Alô, alô, Terezinha! Eu quero mandar um abraço para o meu amigo Oswaldo”.