A Gafieira Elite, no Centro, agora é um imóvel tombado, em projeto de lei aprovado nesta segunda (17/07), na Câmara de Vereadores. O PL tramitava na Câmara desde 2013, a pedido da então vereadora Laura Carneiro (hoje deputada federal), mas agora foi definitivo. Há exatos 93 anos foi fundada a Gafieira, com o nome de Elite Clube, fundada pelo comerciante português Júlio Simões. Segundo os relatos históricos, naquela década o Rio tinha mais ou menos 450 casas de dança, mas Júlio garantia que a Elite iria ficar para sempre. E ficou.
O espaço chegou a fechar em 2019, pela pandemia, por 20 meses até sua retomada.
Por quase 50 anos, a Gafieira foi mantida pela família Page Fernandez, sucessor de Júlio, da leva de imigrantes espanhóis que vieram para o Rio nas décadas de 1950 e 1960. Parte da história e seus personagens está retratada no samba “Baile no Elite”, de Nei Lopes e João Nogueira. Em 2017, a Gafieira já havia sido reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Rio, pela Alerj.
Muito antes da Gafieira, o prédio foi casa de Paulo Fernandes Viana, Intendente Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil e foi lá que Duque de Caxias conheceu sua mulher, Anica, filha de Fernandes.