O Instituto Brasileiro de Jardins Terapêuticos (IBJT) foi oficialmente inaugurado, nesta terça (06/06), com o lançamento do livro “Jardins Terapêuticos em Instituições de Saúde”, da paisagista e psicóloga Carla Pimentel, com prefácio da pesquisadora Eliseth Leão (do Hospital Israelita Albert Einstein), na Casa Camolese, no Jardim Botânico.
Pode-se dizer também que surgiu uma nova profissão, a de paisagista de jardins terapêuticos — tudo baseado na ciência, claro. De acordo com pesquisa publicada no “The World Journal of Biological Psychiatry”, ficar mais tempo ao ar livre altera a estrutura cerebral positivamente, e a prática é tão recomendada que dedicar tempo a um jardim ou ter contato direto com a natureza tornou-se prescrição médica em países como Escócia, Coreia do Sul e Japão. “Quando você vai para um espaço onde há natureza, principalmente quando você vive num centro urbano, você se afasta dos problemas que estão relacionados a esse ambiente, e isso já minimiza o estresse”, afirma Eliseth, também doutora em Ciências pela USP, com pós-doutorado pela Universidade Marc Bloch, em Estrasburgo, França.
A ideia tomou forma quando Carla fez várias pesquisas para seu mestrado em Ciência da Sustentabilidade pela PUC-Rio, finalizando com a dissertação “Jardins Terapêuticos como uma tendência mundial”, que serviu de modelo para o IBJT. “O paisagista é treinado para criar lugares, mas não tem conhecimento em processos de cura e conexão. Já a psicologia entra como esse recurso, buscando a integração entre a técnica, a estética e a sensibilidade para um design que facilite a promoção da saúde e bem-estar”, diz.