O Prêmio da Música Brasileira aconteceu em quatro ambientes: o tapete vermelho, a plateia, o palco e os bastidores, em quase três horas de evento (2h45). Theatro Municipal lotado para a cerimônia, depois de quatro anos ausente, nessa quarta (31/05), que comemorou os 50 anos de carreira de Alcione e premiou artistas de diferentes estilos em 31 categorias. Do lado de fora, a cerca dividia convidados e público, que, dependendo da pessoa a “desfilar”, dava gritos ou um zum-zum-zum silencioso. No frio da Cinelândia, um telão mostrava o que acontecia no palco.
Apresentada por Felipe Neto, Lázaro Ramos e Lilian Valeska, com roteiro de Zélia Duncan, a noite incluiu show com repertório da Marrom, com veteranos e revelações, de Caetano Veloso a Marina Sena, de Maria Bethânia a Gloria Groove (no dueto mais comentado de todos), além de Péricles, Ferrugem, Pedro Sampaio, entre outros. “Tivemos um número de inscritos recorde, foram quase 10 mil artistas dos mais diferentes gêneros, de todos os cantos do Brasil”, comemorava José Mauricio Machline, o criador do PMB.
Convidada chamou atenção para o tanto de jornalistas circulando por ali: Fátima Bernardes, Maju Coutinho, Carlos Henrique Schroder, Renata Ceribelli, Leilane Neubarth, Poliana Abritta, Mariana Gross, fora os que estavam a trabalho.
No mais, um público com mistura de gêneros musicais, idades e figurinos, naquele caldeirão multicultural que só o Brasil tem e que, no fim, sempre termina em samba — o número de Péricles e Ferrugem foram os mais aplaudidos (de pé, por uns três minutos) ao cantarem “Meu Vício é Você” e “Um Ser de Luz”.
Alcione entrou num vestido dourado, iniciando com uma homenagem a Rita Lee, cantando “Pagu”, enquanto imagens da roqueira apareciam no telão. Ela estava sentada numa poltrona no meio do palco e explicou o motivo: a cirurgia que fez na medula há três meses, colando quatro parafusos, mas avisou que “daqui a pouco, tô andando normal, que nem uma gatinha”, e emendou “A Loba” e “O Surdo”, fechando com “Não Deixe o Samba Morrer”, ao lado de Pe-dro-Sam-pai-o, no esperado número sampleado pelo DJ.
E claro, no fim, apresentação da bateria da Mangueira — Marrom será o enredo da escola.
Para conhecer os premiados,clique aqui.