O IMS Rio está fechado para reformas, mas ativo nos projetos culturais e, na terça (20/06), organiza uma programação especial para o Dia Mundial do Refugiado, em parceria com a vizinha PUC-RJ, na Gávea, de 14h às 18h. O evento faz parte de uma série de parcerias que o IMS promove com outras instituições da cidade e o tema da imigração e do refúgio é frequente nos acervos do instituto, já que parte dos seus titulares, como Peter Scheier, Claudia Andujar, Paulo Rónai, Madalena Schwartz e as irmãs Elisa e Clarice Lispector migraram para o Brasil na primeira metade do século XX, contribuindo muito para a cultura nacional.
Entre debates e conversas, hora da música, com show de lançamento do álbum “Loyembo” (na língua lingala significa cântico), do cantor e compositor congo-angolano Zola Star, um dos principais nomes da música africana no País. Nascido em Angola, ele se mudou para o Congo com a situação política e da guerra, mas escolheu o Rio como casa, chegando por aqui em 1993, sempre envolvido com música, mas, antes do primeiro álbum, lançado em 2017, passou por algumas etapas: “Já fiz tudo que um homem tem que fazer neste país – trabalhei com obra, fui pintor de parede, operador de caixa em loja, motorista de ônibus”, relembra. Sua trajetória é tema de um dos episódios do programa “Bravos!”, da TV Brasil.
Na mesma terça (20/06), será lançado o álbum “Sons do Refúgio”, pelo Selo Sesc, com 10 gravações de cantores e instrumentistas que migraram ou se refugiaram no Brasil, como Zola, além de Anaïs Sylla (francesa de ascendência senegalesa que escolheu morar no Brasil pela admiração pela música daqui) e o cubano Pedro Bandeira (líder da banda Batanga e Cia).
A programação completa do evento está aqui.