A energia estava super em alta no primeiro lançamento da plataforma Aquarius, do produtor Bruno Wainer, nessa segunda (26/06), no Estação Net Gávea, com o filme autobiográfico “Eu”, de Ludmila Dayer.
A história da atriz (e estreante diretora) — que começou a sentir os sintomas de uma crise de pânico em 2019 e a sequência dos acontecimentos que resultaram no documentário, disponível a partir desta quinta (29/06), na Aquarius — está ali. “Dirigir e produzir ‘Eu’ foi a cura para a minha alma. Meu maior desafio foi construir uma história que falasse com todos, pois o filme não é sobre mim, mas sim sobre todos nós. É um abraço amigo, uma voz de esperança para aqueles que, em algum momento da vida, se sentiram sós e sem direção”, diz ela.
Antes da sessão, Bruno agradeceu ao filho, Gabriel, o cofundador da Aquarius, “que toma conta de tudo”, e à mulher, Ana França, designer do projeto: “não tem plataforma mais bonita de ver do que essa”.
A narração é da amiga Fernanda Souza, além de depoimentos de especialistas, como o astrólogo Waldemar Falcão, a médica Sandra Regina, o neurocientista Diogo Lara, a psiquiatra Eleanor Luzes e a xamã Max Tóvar – onde Ludmila fez um retiro, em Varginha (MG, a famosa cidade do ET), gravando ali a maior parte das cenas, também filmadas no Rio e SP.
Quando começou a editar o filme em Los Angeles (EUA), onde vive desde 2006, sentiu os primeiros sintomas, cada vez mais fortes, para além das crises de pânico. Parou a edição e recebeu o diagnóstico de Epstein Barr Crônico (EBV, na sigla em inglês), um dos fatores desencadeantes da esclerose múltipla, condição em que ela atualmente vive, sem sintomas. “Aprendi que o EBV também potencializa a síndrome do pânico. Para corrigir um problema, eu tive que corrigir outro, mas os dois estavam entrelaçados. Fui obrigada a fazer uma reciclagem geral da minha vida, no nível espiritual, psicológico e físico”, avalia ela.
Fernanda também é produtora-executiva do filme, do qual também participa a cantora Anitta e Thiago Pavarino como produtores associados.