Na manhã desta quinta (03/05), Daniela Maia, secretária de Turismo, esteve no Web Summit, no Riocentro, para falar sobre a evolução do projeto “Nômades Digitais”, lançado pela Prefeitura em 2021. À época, Maia, então presidente da Riotur, já defendia com afinco a ideia de investir nesse tipo de turismo, em que as pessoas possam montar suas bases de trabalho no Rio, ainda que suas empresas estejam em outras cidades ou países.
O projeto está na segunda fase. “Em média, mais de mil nômades digitais entram na cidade por mês e aqui permanecem por 20 dias. São pessoas com vontade de viver o ‘carioca way of life’, que logo se juntam às muitas comunidades digitais que reúnem os viajantes que pedem informações de pontos turísticos, bares e restaurantes com wi-fi livre, praias, lavanderias, cafés e coworkings que já costumam receber esse tipo de viajante. Nosso trabalho tem sido cadastrar esses parceiros e oferecer aos interessados. Também criamos um selo para os lugares parceiros. O turista de longa permanência vive a cidade como um morador, impulsionando a economia local”, diz Daniela.
Outra facilidade é o visto de entrada no Brasil, na categoria “Nômade Digital”, dado pela Polícia Federal e que passou a valer no ano passado e, de lá pra cá, foram mais de 500. “São 35 milhões de nômades digitais pelo mundo (Golden Gate Global) e, em 2035, serão mais de 1 bilhão (Tendências Migratórias, da Fragomen), e o turismo, como o conhecemos, precisará se adaptar. A pandemia também acelerou esse processo, e o Rio entra como um ímã, espécie de isca, tornando a estada do viajante-trabalhador uma experiência para ser repetida”, avalia a secretária.