Esta semana, o ortopedista Leonardo Metsavaht implantou as primeiras próteses de joelho personalizadas, técnica que acaba de ser liberada no País pela Anvisa, no tenista Francisco Cláudio Facó, de São Paulo, que veio ao Rio para operar os dois joelhos simultaneamente, no hospital Copa Star, em Copacabana. Leonardo já fez essa mesma cirurgia, mais de 10, em outros países. Foi ele quem operou o empresário Jorge Paulo Lemann, em Zurich, na Suíça, primeiro brasileiro a colocar essas próteses, numa parceria com o médico local Sandro Kohl, em fevereiro de 2019. Metsavaht fez seu treinamento em Boston para essa técnica, com os paulistas, também ortopedistas Moisés Cohen e Marco Demange.
“Essas próteses são feitas através de uma tecnologia 3D desenvolvida em Harvard, nos EUA, e se propõem a reproduzir um joelho idêntico ao que o paciente tinha antes de ter artrose (desgaste da articulação). As próteses convencionais estão muito avançadas e com excelentes resultados, pois aliviam a dor e o sofrimento; o design é idêntico para cada pessoa, apenas variando o tamanho. As próteses personalizadas recriam a ‘biomecânica’ do paciente, podendo proporcionar conforto e funcionalidade perfeitos, podendo retornar às atividades físicas e cotidianas”, diz Metsavaht, que defendeu, esta semana, sua tese de doutorado, na Escola Paulista de Medicina, sobre o tema osteoartrose do joelho: “De acordo com a O.M.S., depois da dor lombar, a osteoartrose é a segunda maior causa de prejuízo financeiro e social do mundo! São pelo menos 530 milhões de pessoas com limitações funcionais diárias por causa da osteoartrose. Sem um diagnóstico adequado, só atrasa o tratamento. Os ossos não são ‘cortados’, como muitos pensam; apenas a parte desgastada é removida e substituída por complexos componentes metálicos e de polietileno que reproduzem a articulação”, conclui.