A pergunta sobre o que tem me emocionado me fez refletir novamente sobre o que faz o meu coração vibrar, e meus pensamentos se voltam sempre para momentos em que sinto que posso fazer a diferença na trajetória de alguém. Ultimamente, tenho sido abordada por mulheres incríveis, que buscam minha orientação e mentoria, oportunidades perfeitas para isso. Quero compartilhar um pouco da minha jornada como mulher e executiva e de como tenho abordado meu próprio desenvolvimento, na esperança de que isso possa gerar identificação ou energia renovada para seguir adiante.
Para mim, a disciplina tem sido a maior prova de amor próprio; desde sempre, tive clareza sobre o meu valor e acreditava que poderia alcançar qualquer coisa através do meu comprometimento, do meu trabalho. Todos nós temos, todo dia, a oportunidade de provocar impacto positivo ao nosso redor. Podemos ser fortalezas, tanto para nós mesmos quanto para o mundo que nos rodeia. Eu acredito na vida como uma jornada de constante evolução.
Tudo se torna mais possível quando somos inconformados, curiosos e quando temos clareza sobre nossos sonhos. Ao estabelecer metas e escolher as batalhas certas, ao amadurecer e compreender que crises podem ser oportunidades, ao deixarmos de reclamar e genuinamente nos engajarmos em ser parte da solução, ao empoderarmos aqueles que merecem, estamos nos aproximando da transformação. A atitude é fundamental.
As mulheres não devem mudar sua personalidade para agradar a ninguém. Infelizmente, vejo mulheres perdendo sua essência na tentativa de se encaixar no jogo, como se isso garantisse respeito ou reconhecimento. No universo do trabalho, essa metamorfose fica bastante evidente, por vezes – e não é necessária, não é construtiva e leva somente a uma limitação de quem podemos verdadeiramente ser. Essa é uma ideia que frequentemente me vejo reforçando nas colegas que me procuram em busca de experiência profissional e de vida.
Reconheçam a importância da diversidade e fortaleçam-se como as mulheres incríveis que são! Devemos expressar o que queremos, correr riscos, ser ousadas e, acima de tudo, ter coragem, sem medo ou constrangimento. Essa é, em muitos aspectos, uma boa definição do que é ser humana.
Também não podemos permitir que quem quer seja nos desvie dos nossos objetivos. Podemos fazer as coisas de maneira diferente, trazendo as pessoas para os nossos sonhos; todos somos únicos, e toda pessoa tem algo único e especial a oferecer. A única coisa em que precisamos ser iguais é no entendimento de compartilhamos a mesma jornada, os mesmos aprendizados, as alegrias e as durezas do caminho.
Essas pedras no caminho são importantes, também vivo alertando. Algumas pessoas nos tiram da zona de conforto, e isso é saudável. Devemos agradecer e ter respeito, pois desafios é que nos fazem pensar diferente e crescer, e nos proporcionam desenvolver resiliência. A capacidade de adaptação é crucial nos dias de hoje, e pode nos levar a um patamar mais elevado, sem dúvida alguma.
Todos nós nascemos com potencial, e o conhecimento é o nosso poder. Ao nos prepararmos, desenvolvermos e escolhermos conviver com pessoas que verdadeiramente nos inspiram, nos tornamos mais sábios, e a vida se torna mais interessante, repleta de interações que fazem sentido.
Não vamos deixar passar nenhum momento mágico — respeitemos a importância de cada segundo. Nossa versão do futuro certamente se orgulhará de nós, mesmo diante de tantos desafios. Não desistimos! Sempre temos a oportunidade de buscar um espaço para escrever um final incrível em nossa própria história. E sempre contribuir para que a história de todos os que nos cercam e a quem amamos seja a de uma jornada rica, plena e autêntica. Somos mulheres transformadoras!
Cláudia Romano é carioca, cursou Liderança na Fundação Dom Cabral e Comunicação Social na UniverCidade (extinta), na Lagoa. Entre outros títulos, é vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Yduqs, presidente do Instituto Yduqs. São 19 anos dedicados à Educação, com inúmeras conquistas: em 2019, ganhou a medalha Pedro Ernesto e, em 2022, a Medalha Tiradentes.