Em meio às discussões sobre a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas (o Ibama negou o pedido da Petrobras, na semana passada, mas a empresa tentará novamente) – causando uma espécie de racha no Ministério de Meio Ambiente, com o poder de alguns órgãos transferidos para outras pastas –, nomes que entendem profundamente daquele bioma vão se encontrar na PUC-Rio, na Gávea, para o “Fórum Amazonizar”, com uma série de painéis e debates tanto presencial quanto virtual, na segunda (29/05). “Primeiro, é necessário nos amazonizarmos, para depois nos colocarmos a serviço e propor soluções ou apoio para colaborar. Ao trazer a Amazônia para a universidade, a PUC cria um ambicioso projeto, ligado a temas contemporâneos e fundamentais para nossa existência”, diz o padre Anderson Pedroso, reitor da universidade.
Entre os convidados, estão o cineasta João Moreira Salles, a jornalista Miriam Leitão, o cineasta Estêvão Ciavatta, a agricultora e cacique Raquel Tupinambá e o diretor do Museu da Amazônia, Ennio Candotti.
João Moreira Salles lançou, em dezembro, o livro “Arrabalde – em busca da Amazônia” (Companhia das Letras), com título que expressa a ideia de que o País despreza o bioma e o trata como periferia ou resto. Escreveu depois de uma temporada de seis meses no Pará, examinando diferentes aspectos da realidade da Amazônia.
Também será apresentada a sessão de “Amazônia viva”, de Ciavatta, com nove minutos de duração, filmado na região do Rio Tapajós, segundo o diretor, para que “as pessoas entendam a riqueza, toda a dimensão e o quanto é necessário proteger aquele ambiente”. A programação termina com apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, da PUC.