Eduardo Paes já prometeu uma praça com o nome de Rita Lee. “Triste com a morte dessa mulher que marcou a vida da minha geração e de tantas outras! Aqui, no Rio, vamos atender ao seu desejo e ela vai ganhar uma praça com seu nome!”, anunciou o prefeito nas redes, que ficou de informar os detalhes nas próximas semanas.
Sobre o desejo da “rainha do rock”, ela disse, em entrevista à Fernanda Young (1970-2019), em 2008: “Você acha que, quando eu morrer, vou ganhar nome de rua?” Young respondeu: “Tomara que não, né?” Mas ela insistiu: “Não? Uma pracinha? Eu quero uma pracinha”.
A cantora tinha uma relação forte com o Rio e, embora tenha sido a mais paulista do mundo musical, ela era “carioca” desde 2007 — a Câmara de Vereadores concedeu-lhe o título de Cidadã Honorária do Rio a pedido da vereadora Aspásia Camargo. Num show na praia de Copacabana, em comemoração ao Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, Rita brincou com um fã que perguntava, num cartaz nas areias, se ela era carioca. Respondeu: “Apesar de ser uma paulista branquela e não ter samba no pé”, era apaixonada pelo Rio. Assim que recebeu o título, discursou: “I love São Paulo, mas, quando chego ao Rio, chego ao Brasil. Eu logo viro Carmen Miranda, quero ficar pelada, fico falando X. Quando cheguei aqui pela primeira vez, fiquei 12 horas andando pela cidade e babando. Toda vez que vinha aqui me apresentar, era recebida com todo o carinho. É uma paixão que tenho por vocês e que vocês têm por mim. Pra mim, o Rio é a capital do Brasil”.
Dois anos depois, no show de gravação do DVD “Multishow Ao Vivo”, em 2009, np Vivo Rio, ela voltou a falar sobre o assunto: “Como cidadã carioca que sou, não vou sossegar o meu rabo enquanto a capital do Brasil não voltar a ser o Rio. É o grande cartão postal!”.