A imagem tem até um clima, digamos, artístico, mas trata-se de uma cena diária e em vários bairros cariocas: o descarte de quentinhas, como nas imagens enviadas à coluna, nesta quarta (31/05), nas margens da Lagoa, ponto turístico, sabemos, num trecho de Ipanema. O biólogo Mario Moscatelli cansa de denunciar todo tipo de falta de maus tratos à natureza. Denuncia e lá vai a subprefeitura da ZS para resolver. “Como sou apenas biólogo, e não especialista em Sociologia, Antropologia, artes marciais e por aí vai, não tenho respostas para tanta degradação. Além de exigir bons serviços públicos de limpeza, precisamos, como sociedade, ajudar senão seremos condenados a nos sufocar em nossos próprios dejetos”, diz Mario.
Segundo Flávio Valle, subprefeito da ZS, só na última semana, considerando Lagoa e Leblon, 406 produtos foram recolhidos, além de 145 bebidas, três bolsas térmicas, 48 suportes de marmitas, duas mesas, quatro bancos, duas cadeiras, bolsa ecológica e carrinho de feira. “As operações vão continuar, além da comercialização de alimentos sem nenhuma procedência podendo causar sérios problemas aos consumidores, ainda temos a questão do lixo que é deixado para trás, tanto nas ruas como na Lagoa, e ainda o impacto negativo no trânsito”, diz Flávio.
As operações são quase diárias e, no dia seguinte, começa tudo de novo, como na cena do filme “Feitiço do Tempo” (1993), só que bem real e suja.