Logo depois da eleição do novo imortal na ABL, o filólogo Ricardo Cavaliere, muitos seguiram para o seu apartamento, em Botafogo, para um pequeno coquetel, nesta quinta (27/04). Cavalieri teve 35 votos contra dois para o concorrente, o quadrinista Mauricio de Sousa, e um acadêmico votou em branco — assim como na eleição de Heloisa Buarque de Hollanda, na última quinta, a votação foi feita em urnas eletrônicas do TRE. “Foi uma vitória expressiva, o que quer dizer que meu projeto foi bem aceito. A Academia tem vários projetos na lexicografia, há um dicionário já em curso. A ABL é o interlocutor brasileiro em questões linguísticas. A minha ideia é continuar esse projeto e criar novos dentro da língua portuguesa”, disse Cavaliere.
O novo imortal substitui a professora e escritora Cleonice Berardinelli, que morreu em 31 de janeiro, aos 103 anos. Dentro da ABL, ele era o favorito à vaga, já que tinha o apoio de Evanildo Bechara, um dos principais filólogos do País e imortal desde 2000. “O Ricardo não é só uma referência, é uma excelente referência para a Academia naquilo em que a casa está fazendo e deseja ampliar a sua participação. A chegada dele é um reforço riquíssimo para nós. Estamos certos de que ele veio para dar novas orientações ao nosso trabalho. A ABL tem esta função primordial: ressaltar o grande trabalho da língua portuguesa a serviço da comunicação das pessoas”, disse Bechara.