Eduardo Paes avisou nas redes sociais, nesta quinta (13/04), que a Prefeitura interceptou ameaças de violência feitas por dois alunos da rede municipal. “Eles foram levados à delegacia. Desde os ataques em Blumenau e São Paulo, criamos uma força-tarefa com Polícias Civil e Militar e Ministério da Justiça, que estão atuando em sigilo para antecipar casos de violência e evitar que ameaças sejam levadas adiante. As equipes recebem eventuais informações dos nossos profissionais da Educação e atuam com inteligência nas redes sociais. Neste caso, os menores usavam perfis falsos para promover pânico. Os dois já começaram a ser ouvidos pela Polícia Civil”, disse o prefeito.
Renan Ferreirinha, secretário de Educação, também comentou que “qualquer circunstância que represente uma ameaça para nossos alunos, professores e toda comunidade escolar terá uma forte reação. Quero lembrar aos alunos que eles podem contar com nosso apoio e acolhimento socioemocional. Converse com seus professores, com a sua escola, peça ajuda”.
A secretaria tem um protocolo em todas as 1.549 escolas para ameaças à comunidade escolar. O procedimento nestas situações é que os casos sejam reportados pelas equipes da SME para a Polícia Civil e para o Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência do Ministério da Justiça. A partir daí, uma investigação é iniciada.
A Recreio Christian School, por exemplo, no Recreio, embora seja particular, vai reforçar o sistema de segurança e colocar um detector de metais, como algumas têm feito, depois do crescente número de ataques e ameaças. “O sistema não deve ser visto como um mecanismo de constrangimento ou invasão de privacidade, mas um procedimento simples capaz de bloquear e reduzir os riscos de alunos, professores, funcionários e pais”, diz Grabriel Frozi, diretor do colégio bilíngue, que tem mais ou menos 150 alunos e 80 professores.
As mensagens que começaram a circular nas redes antes do dia 10 de abril mudaram a rotina de muitas escolas, como a Christian, que além do detector, não vai funcionar no dia 20, véspera de feriado de Tiradentes. “A escola não se baseia em boatos, mas existe algo acontecendo paralelamente na deep web. Vamos aguardar os próximos capítulos e ter certeza de que todos estarão seguros,” afirma Gabriel.