Bem que os empreendedores da praia tentaram emplacar as bolas infláveis gigantes na orla, mas, depois do incidente dessa quarta (19/04), parece que não as veremos no próximo verão.
Salva-vidas resgataram duas pessoas que estavam flutuando ao léu na tal bolha na praia de Copacabana; um terceiro homem também foi retirado. Adivinhe quem? O responsável pelo “brinquedo”, que estava se afogando. Que tal?
Com a ventania e o mar agitado neste momento no Rio, nem barqueiro experiente tem se arriscado tanto.
Vídeos dessas flutuantes começaram a aparecer no auge do verão, mas são comuns em clubes com piscina e em festas infantis – empresas as alugam já que uma delas chega a custar R$ 2 mil em sites de venda.
As pessoas entram nas bolas ainda murchas, que são injetadas de ar com uma máquina. Quando estão totalmente infladas, é possível sair rolando em cima da água. O carioca Ricardo Bahia, atleta recordista em apneia (mergulho livre), foi um dos primeiros a falar sobre as bolhas: “O condutor deveria ser alguém treinado, um mergulhador, um salva-vidas etc. Outros riscos também são possíveis de acontecer – como, aparentemente, não há renovação de ar, a permanência prolongada pode causar um desmaio por falta de oxigênio. Antes disso, o aumento excessivo de gás carbônico dentro da atmosfera da bolha provocaria até uma sensação desagradável de vontade de respirar, podendo levar a uma hipóxia silenciosa (quando o oxigênio não chega suficiente às células e tecidos do corpo)”, diz ele.
A empresa carioca DPA Water Ball costuma alugar a geringonça para eventos, mas sempre junto com dois monitores, para acompanhar e garantir a segurança e, segundo a empresa, cada criança pode ficar até 5 minutos ali dentro.