Assim que chegavam, os convidados praticamente faziam uma homenagem ao trabalho de Luiz Pizarro, nos 300 metros quadrados do Paço Imperial, no Centro, com as 18 telas de grandes formatos, produzidas entre 2022 e 2023. “Metapaisagens” tem as cores como elemento fundamental, uma forte característica do artista e, no fundo do espaço, está o “Cubo Mágico” ou “Cubo dos Desejos”, em que cada visitante é convidado a escolher uma cor nos novelos disponíveis, perpassando o total das letras do seu nome por pontos dentro da instalação interativa, “mentalizando desejos”.
O cubo será a atração de atividades socioeducativas com escolas e instituições agendadas previamente ([email protected]) – e também faz parte desta programação, uma ação em que cada participante recebe uma garrafinha para escrever os pedidos (tipo as mensagens que chegavam por mar antigamente), a ser pendurada em uma grande rede no pátio anexo, formando uma nova instalação. “Os trabalhos foram formulados em cima do conceito da colaboração, da interligação dos elementos. Já trabalhei muito com o humano e, desta vez, quis tirar isso das telas. Nossa contemporaneidade foi gerando uma centralidade que acabou sendo egocêntrica e egóica. Nessa mostra, a Terra está representada por uma bola repleta de pontinhos que são a nossa imagem”, diz Pizarro.
Além de Christiane Torloni, sua ex-mulher, amigos e amigos passaram por lá, como as também artistas plásticas Gabriela Machado, Monica Mansur e Anna Braga, que abriram exposições recentemente no Paço.