O vitral da foto é familiar para muitos e passa batido para outros, na imagem artística de Beto Pestana, que esperou o momento certo do voo do pombo para outra vizinhança. É um pedacinho da Casa França-Brasil, no Centro, que, no fim de março, fez 33 anos. O prédio, no entanto, tem mais de 202 anos de história; foi revitalizado em 1990, quando passou a ser o que conhecemos hoje.
O prédio foi encomendado em 1819 por D. João VI à Grandjean de Montigny, arquiteto da Missão Artística Francesa, o primeiro registro do estilo neoclássico no Rio, tendência que se popularizou. O espaço teve diversos usos, por exemplo, depósito para os arquivos do Banco Ítalo-Germânico, sede do II Tribunal do Júri.
Na década de 1980, o antropólogo Darcy Ribeiro, então secretário estadual de Cultura, combinou recursos brasileiros e franceses para restaurar o lugar, que estava abandonado, e resgatar as linhas arquitetônicas originais projetadas por Montigny.
Em cartaz no mês de abril, está a mostra “Lugar geométrico”, de Raul Mourão, em parceria com a Galeria Nara Roesler, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Peixoto, com trabalhos em diferentes escalas que exploram as relações com a arquitetura histórica do prédio.
Visitação custo zero, de terça a domingo, das 10h às 17h.