Em comemoração ao Dia de Tiradentes, na sexta (21/04), o Palácio Tiradentes, sede da Alerj, reabre para visitação a partir desta segunda (17/04), por agendamento. Os interessados vão ter uma aula de História do Brasil enquanto circulam pelo prédio de arquitetura quase centenária, inaugurado em maio de 1926.
Entre as novidades da revitalização, o Salão Nobre ganhou cortinas, e os móveis de madeira maciça, estátuas e lustres foram recuperados; as paredes internas voltaram à cor original e o piso de sinteco, ao brilho normal. O palácio vai continuar recebendo sessões solenes, encontros e eventos oficiais.
O primeiro edifício erguido no terreno era um parlamento imperial, em 1640, que tinha, no piso inferior, uma cadeia para presos do período colonial e onde também esteve preso, por três anos, o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes), enquanto aguardava a execução na forca, em 21 de abril de 1792.
Na “cadeia velha”, funcionou a sede do Senado da Câmara, ao mesmo tempo que continuava sendo uma prisão, até que, em 1808, a sede da Câmara foi transferida para a Rua do Rosário e a prisão, para a Cadeia do Aljube (Rua Acre), com a chegada da Família Real. O local então passou a funcionar como alojamento para a criadagem da Casa Real, ligando o prédio ao palácio de Dom João VI (Paço Imperial).
Depois de 1822, passou a ser a sede da Assembleia-Geral Constituinte brasileira. A Câmara dos Deputados funcionou ali até 1914, quando foi transferida para o Palácio Monroe. Foi demolido em 1922, para dar lugar ao Palácio Tiradentes, projetado em estilo eclético por Archimedes Memoria e Francisque Couchet.
As visitas devem ser agendadas pelo [email protected], com limite de 50 visitantes de manhã e 50, à tarde, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
Fotos: Leny Fontenelle da Silveira