O Museu do Índio, em Botafogo, completou, nesta quarta (19/04), no Dia dos Povos Indígenas, 70 anos, mas segue fechado temporariamente desde 2016. Administrado pela Funai, passa por obras de adequação à prevenção de incêndio desde o governo Michel Temer, mas afirmam que vai abrir no segundo semestre.
O museu foi idealizado por Darcy Ribeiro que, em 1955, afirmou ter fundado “o primeiro museu do mundo criado, especificamente, para combater o preconceito”. Mesmo fechado, uma série de exposições virtuais será lançada no Google Arts & Culture. A primeira delas vai ao ar na programação da 21ª Semana Nacional de Museus, entre os dias 15 e 21 de maio, a “Hetohokỹ — a festa da Casa Grande do povo Iny”, narrando o ritual do povo Karajá que marca a passagem dos meninos ariranha (jyrè) para os homens adultos.
Outra perspectiva de mudança será no nome, de Museu do Índio para “Museu dos Povos Indígenas”. São mais de 100 mil itens no acervo, constituído por peças etnográficas, publicações nacionais e estrangeiras, e documentos arquivísticos relativos à maioria das sociedades indígenas brasileiras. Originalmente, o museu ficava na Rua Mata Machado, no Maracanã, onde hoje está a Aldeia Marakanã. Em 1978, o órgão foi transferido para o casarão de Botafogo. O imóvel, construído em 1880 foi tombado em 1967.
Veja aqui, em matéria da Agência Brasil, as heranças indígenas da cidade que resistem ao tempo.