Já começaram as noites sem gente suando, o que por si só é um prazer, juntando a isso o apreço e admiração da companhia dos imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, com o lançamento da edição da “Revista Brasileira”, criada em 14 de julho de 1855, nessa segunda (24/04).
À mesa de debates, os convidados Caetano Veloso e Sérgio Abranches se juntaram a Fernanda Montenegro, Cacá Diegues, Ana Maria Machado, Joaquim Falcão, Edmar Bacha, Ruy Castro, Godofredo de Oliveira, Antonio Cicero, Rosiska Darcy, Antonio Torres. Merval Pereira, presidente da ABL, abriu a conversa falando da democracia, tema principal desta edição. “A democracia é um tema que temos de debater e atuar para defendê-la. A ABL, neste momento, acha que é uma situação que exige atenção permanente e um grande debate intelectual, que é o papel da instituição”. Como se vê pelos nomes, gente que não precisa de afirmação, digamos assim, de nenhum tipo.
Todos atentos com câmeras ligadas quando Fernanda pegou o microfone: “Essa revista representa muito para a história da cultura brasileira porque a ABL tem mais de 100 anos, e ela foi criação de Machado de Assis. Veio sempre pelo lado mais literário, mais cultural, mais qualificado da cultura. E um belo dia aceitaram uma atriz. Quero dizer que, na condição de atriz, não sou eu que faço parte da ABL, mas toda uma representação de artistas criadores que infelizmente são da 3ª margem. Foi aceita a 3ª margem, que é extremamente criativa e dura só enquanto vive – não fica guardada em nenhuma estante ou gaveta”.
Depois, sessão de fotos e selfies sem cessar, dando uma lustradinha na reputação.