Alguns moradores do Humaitá notaram uma nova modalidade de furto: as portinhas dos correios. Que tal?
Geralmente, as caixas mais antigas dos correios são feitas de ferro fundido ou cobre, muito valorizados no comércio ilegal. As mais novas, de liga de alumínio fundido, também são muito visadas, ou seja, não existe alternativa: caixa de madeira?
Os ladrões de ocasião (a maioria, usuários de drogas) levam o que tiver pela frente, desde maçaneta das portas dos prédios a corrimãos, a tubulação de gás e conectores de mangueiras de incêndio etc. A reclamação é constante em todos os bairros da cidade.
Para ter noção de valor de mercado, uma tampa de bueiro de 50kg tirada da sarjeta, por exemplo, pode render até R$ 40 – o ferro custa R$ 0,80, o quilo. Para repor uma peça nova, R$ 420 saem dos cofres públicos. Quantas peças de caixa de correio são necessárias para conseguir algum trocado? Só fazer as contas…
Segundo a última estimativa do Movimento Nacional Juntos pela Reciclagem, no estado do Rio são mais ou menos 10.800 ferros-velhos (depósitos, cooperativas e ecopontos), sendo 90% informais.